Toda semana compartilhamos curiosidades sobre algumas das sementes, fibras e outros materiais das biojoias Cy Ateliê. Sua origem e preparação para que possam compor peças sofisticadas e únicas são histórias que revelam um Brasil pleno de riquezas e belezas que precisam ser muito bem cuidadas. 

 Jarina - o marfim da Amazônia


A jarina (Phytelephas macrocarpa) é uma palmeira de pequeno porte e crescimento lento que ocorre de forma espontânea por toda a região amazônica. Por suas características físicas similares ao marfim animal, a amêndoa de suas sementes foi empregada por muito tempo no fabrico de botões no mundo todo, antes do desenvolvimento de materiais sintéticos após a II Guerra Mundial. A partir do trabalho pioneiro de artistas do Acre, Amazonas e Rondônia no final dos anos 1990, tais como o ourives César Farias, de Rio Branco, passou a ser usada em joias, combinada com os metais nobres, sobretudo a prata.


Cada palmeira produz de 6 a 8 cachos de frutos por ano, com 8 a 12 sementes cada fruto. O fruto parece uma bola de casca lenhosa, do tamanho de uma cabeça humana. As sementes novas são líquidas, claras e insípidas. É um líquido refrescante na floresta, semelhante à água de coco da Bahia. Depois, adquire aspecto gelatinoso, sendo também comestível.

Os frutos amadurecidos caem e soltam as sementes. A coleta é feita na mata no período de janeiro a junho. Depois vem a secagem ao sol ou em estufa, o lixamento para remoção da casca que cobre cada semente e então o polimento. A semente madura, já sem a casca, tem uma cor branca semelhante ao marfim animal, com um brilho sedoso. Mas diferentemente do marfim animal, ela pode ser tingida. É preciso ter muito cuidado em todas as fases de tratamento das sementes para evitar ataque de fungos e insetos. Para saber como cuidar bem da sua biojoia com jarinas Cy Ateliê, clique aqui.


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